O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou a Resolução CFM nº 2.422/2025, que revoga a antiga Resolução CFM nº 2.135/2015 e passa a disciplinar as Unidades de Terapia Intensiva Coronarianas (UCOs), de acordo com a Resolução CFM nº 2.271/2020. A medida foi deliberada em reunião plenária no dia 30 de janeiro de 2025 e entra em vigor na data de sua publicação.
A nova norma alinha a regulamentação das Unidades de Tratamento Intensivo Coronariano (UCOs) às demais unidades de terapia intensiva e unidades de cuidados intermediários (UTIs e UCIs) no Brasil. Com isso, a responsabilidade técnica dessas unidades caberá exclusivamente a médicos intensivistas, conforme os critérios já estabelecidos pela Resolução nº 2.271/2020.
Segundo o presidente do CFM, Dr. Hiran José Gallo, “o Conselho implementa essa resolução disciplinando os ambientes de terapia intensiva”. A decisão do Conselho Federal de Medicina se baseia na evolução da medicina intensiva no Brasil e na necessidade de uniformizar o atendimento intensivo, garantindo que profissionais qualificados estejam à frente das unidades de terapia intensiva, incluindo as coronarianas.
A medicina intensiva é uma especialidade médica com atuação exclusiva em UCIs e UTIs. O intensivista não realiza exames complementares, não atua em ambulatório ou outra área. Estudos demonstram que a presença de intensivistas 24 horas por dia nas UTIs reduz a mortalidade e melhora os resultados clínicos, reforçando a importância da formação especializada para esse tipo de assistência.
Em 23 de abril de 2020, o CFM publicou a Resolução nº 2.271, que definiu as UTIs e UCIs, estabeleceu os níveis de cuidados, determinou a questão da responsabilidade técnica e ética, habilitações e atribuições da equipe médica necessárias para o adequado funcionamento das UTIs, entre outros pontos. Trata-se do texto mais completo e abrangente sobre o tema. Essa Resolução estabelece, em seu artigo, 2º, que o responsável técnico de uma UTI e UCI deve ser um médico especialista em medicina intensiva, com Registro de Qualificação de Especialista (RQE) no Conselho Regional de Medicina (CRM) de sua jurisdição. Define também que o médico diarista (de rotina ou horizontal) deve ter a mesma de cuidados, determinou a questão da responsabilidade técnica e ética, habilitações e atribuições da equipe médica necessárias para o adequado funcionamento das UTIs, entre outros pontos.
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