Lei municipal que visa o acompanhamento a alunos com TDAH, TOD, TDI é debatida com a participação do CREMAM

 

 

A lei 2.260/2017, que dispõe sobre medidas para identificar, acompanhar e auxiliar o aluno com dislexia, transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) e o Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI) nas redes pública e privada de ensino de Manaus foi tema da Tribuna Popular na Câmara Municipal de Manaus (CMM) que ocorreu nesta quarta-feira, 25/9.

A tribuna de autoria do vereador Caio André, presidente da CMM, contou com a participação do Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas (CREMAM), na pessoa da 1ª secretária, Dra. Tatiane Aguiar e representantes de instituições como Secretaria Municipal de Educação (SEMED) e o Conselho Regional Psicologia (CRP).

Dra. Tatiane iniciou seu discurso afirmando o compromisso do conselho com a causa e em colaborar com a classe médica e a sociedade para difundir orientações que auxiliem no  diagnóstico precoce do TDAH e demais transtornos.

“Em nome do nosso presidente em exercício, Dr. Amarildo Brito, eu gostaria de trazer a mensagem de que o Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas apoia essa causa. Aqui, tivemos o depoimento de dois ilustres vereadores que são portadores de TDAH e que são pessoas eminentes, produtivas e representantes de nossa sociedade.

Esses transtornos como bem falou a psicóloga, dra. Sandra Reis, não são transtornos cognitivos, ou mentais. São do distúrbio do neurodesenvolvimento e, portanto, seus portadores são considerados neuro divergentes

O Conselho é o órgão que fiscaliza a atuação médica, mas que também tem a missão de promover a educação continuada dos nossos dos nossos médicos. O CREMAM acompanha a atualização científica sobre essas doenças, não apenas o TDAH, mas também, por exemplo, o transtorno espectro autista (TEA).

O diagnóstico do TEA, apesar de necessitar da avaliação de especialistas em psiquiatria e neurologia, deve ser suspeitado precocemente por todo e qualquer médico, além dos demais profissionais da saúde e da educação.

Cabe ao conselho fazer a educação continuada dos médicos sobre os sinais comportamentais sugestivos destes transtornos e a divulgação junto à sociedade também, pois geralmente são os pais e os educadores os primeiros a notarem os sinais de alerta.

Nosso trabalho deverá ser direcionado aos médicos, principalmente àqueles que acolhem as crianças no início da vida, pediatras, clínicos gerais”, disse a 1ª secretária.

Ao final do seu discurso, o vereador Caio André agradeceu a cooperação do CREMAM na tribuna popular.

“Certamente iremos nos recorrer sempre ao CRM para propor projetos de lei voltados para essa parcela tão importante da população”, concluiu ele.

 

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