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Em um barco transformado em hospital e também moradia que médicos de diversos pontos do país partem de Manaus para uma jornada de quinze dias pelo interior do Amazonas.

O Projeto Oftalmologia Humanitária, nasceu da observação da enorme diferença da assistência oftalmológica do interior da Amazônia em relação às outras Regiões. Desde 2002, a FUNDAPI e parceiros realizam gratuitamente mutirões de atendimento clínico cirúrgicos com objetivo de prevenir a cegueira causada por catarata e outras doenças da Região, considerando que esta doença é responsável pela metade dos casos de cegueira.

 

O projeto conta ainda com a participação de Universidades federais públicas, entidades filantrópicas, indústria e a importante participação das Forças Armadas brasileira, além de exímios cirurgiões voluntários e profissionais da saúde.

 

 

Para o conselheiro, Dr. Marcos Jacob Cohen, que integra o grupo de médicos oftalmologistas voluntários, o “Oftalmologia Humanitária” é importante para a saúde ocular das populações ribeirinhas que habitam o interior do Amazonas, pois se constitui em um projeto de cidadania e inclusão social.

 

“Em alguns municípios ou comunidades mais longínquas da capital ainda encontramos muitas pessoas, principalmente as da terceira idade, incapacitadas, jogados ao relento de precárias moradias, cegos por catarata há mais de 5 ou 10 anos e sem nenhuma perspectiva de resolução da sua deficiência visual. E aí está a relevância do trabalho em levar qualidade de vida para a população do interior do Amazonas, por meio do atendimento oftalmológico de alto nível”.

 

 

 

O projeto fomenta o ensino e a pesquisa, com treinamento a médicos residentes e aluno Fellow em Catarata da FUNDAPI/IOM e a avaliação atual da real situação dos problemas oftalmológicos do interior, através de dados que servirão como pesquisas clínicas.

 

 

 

Relevância da ação

 

Durante os anos de 2000 a 2024, o Projeto já atendeu voluntariamente mais de 30 mil pessoas no interior do Amazonas, com exames oftalmológicos e prescrição de medicamentos, realizando gratuitamente aproximadamente 10 mil intervenções cirúrgicas entre catarata (85%) e de pterígio (15%), com a doação de mais de 30 mil lupas para perto (leitura), resolvendo pelo menos ¼ das doenças ou deficiências visuais da população do interior do Amazonas.

Durante esses anos, o grupo atuou em 27 municípios do Amazonas, sendo eles: Região do Médio e Baixo Amazonas por mais de duas vezes compreendendo os municípios de: Itacoatiara; Silves; Itapiranga; São Sebastião do Uatumã; Urucará; Parintins; Nhamundá; Barreirinha; Boa Vista do Ramos; Maués; Uricurituba. Também por mais de uma vez a Região do Médio Solimões compreendendo os municípios de: Coari e Tefé. A Região do Alto Solimões atendendo os municípios de: Tabatinga; Benjamin Constant; São Paulo de Olivença; Amaturá; Atalaia do Norte e Santo Antônio do Iça. Na Calha do Rio Madeira atendendo as populações dos municípios de: Humaitá; Manicoré; Novo Aripuanã; Borba; Nova Olinda do Norte. E na Região da Calha do Rio Negro, que compõe os municípios de Novo Airão, Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro.

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