A palavra ética, do latim “ethicus” e do grego “éthicos” é o ramo de conhecimento que estuda a conduta humana, estabelecendo os conceitos do bem e do mal, numa determinada sociedade e em espaço de tempo.
No dicionário, a ética significa praticar o bem, ação correta, dever, a obrigação, a virtude, a liberdade, a racionalidade, a escolha.
A ética retrata o acordo entre a consciência e os preceitos consagrados. Seria uma avaliação dos costumes, podendo aceitá-los ou não.
Alguns autores consideram que a ética nada mais é do que o comportamento humano, visando a sua valorização, ou seja, atribui-se significados e valores aos atos, com a finalidade de avaliar o que é bom e o que é mau.
Grosseiramente, podemos dizer que a ética acompanha a moral.
Naturalmente, os pressupostos de ética médica são direcionados aos médicos no seu exercício profissional, ou seja, durante o ato médico.
Desde o juramento de Hipócrates já ficava evidente o tríplice compromisso dos médicos com os doentes, com os colegas e com a sociedade, dentro desta ordem hierárquica. O médico hipocrático contentava-se como prêmio de uma vida digna, com a boa fama e com o legado que deixaria a seus descendentes de um nome honrado e digno de ser homenageado.
Atualmente, o médico se compromete com a humanidade e com o paciente. Só depois com a sociedade ou com o Estado.
Os conceitos de ética médica e moral estão muito próximos e imbricados, dificultando a sua definição.
Para o médico exercer a Medicina com a ética dentro dos princípios hipocráticos, tem como referência o Código de Ética Médica, alencado na ética e moral.
Diante do exposto nos conduz à necessidade da criação de normas de condutas para que o exercício profissional não extrapole o direito do paciente e respeite sua autodeterminação.
Assim, baseando-se nesses princípios, permite que a Medicina pode ser exercida de forma digna através de doutrinamento apropriado.
José Bernardes Sobrinho
Presidente do CREMAM