Eles vieram de várias partes do Brasil, em especial do Rio Grande do Norte, para estudar medicina, junto com seus colegas locais, na antiga Universidade do Amazonas (UA). Exatos 50 anos depois, eles estão de volta ao Amazonas para comemorar juntos esse momento importante e decisivo na vida de cada um deles. São os alunos da turma de 1973, conhecidos como excedentes, que, durante dois dias, participam do encontro que tem muita história para contar.

Em 29 de novembro de 1973, mais de 60 estudantes deixaram suas famílias, amigos e cidade natal para realizar o sonho de ingressar no ensino superior, no curso de medicina, em Manaus, Amazonas. Uma terra completamente desconhecida para muitos deles, mas que os recebeu de braços abertos e, na então UA, viveram muitos momentos marcantes não só na vida acadêmica, mas como experiência de vida mesmo.

Na tarde de quinta-feira, 29 de novembro de 2018, o grupo de mais de 50 senhores e senhoras deu início à programação para celebrar a conquista da graduação, mais que especial. O ponto de partida não poderia ser outro senão o Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), onde eles puderam aliar conhecimento teórico e prático, com o atendimento à população. Olhares curiosos e acima de tudo impactados com a grandeza do novo Hospital-Escola. Para Vanda Carvalho, a visita à unidade médica da Ufam foi uma oportunidade única de conhecer de perto a nova estrutura e celebrar junto com a comunidade universitária a realização do maior sonho da Instituição. “A nova estrutura é muito linda. Realmente é um avanço e uma contribuição muito grande principalmente para os novos médicos que estão se formando. Eles irão aproveitar muito”, comentou a integrante da turma de 73 e ex-docente da FM.

Após o passeio pelo novo HUGV, os egressos participaEgressos da turma de medicina de 1975 visitam novo HUGV.ram da solenidade de descerramento da placa que comemora os 45 anos de formatura daquela que foi a terceira turma do curso de medicina do Amazonas. Com a presença do reitor e do vice-reitor da Universidade, professores Sylvio Puga e Jacob Cohen, respectivamente, o grupo pôde rever a Faculdade de Medicina, aquela que foi sua casa por cinco anos, e conhecer o Túnel do Tempo, espaço dedicado a homenagear as turmas que passaram pelo curso. Egressa da terceira turma e responsável pela organização do encontro entre os ex-alunos, a professora da FM Socorro Cardoso descerrou a placa junto com os gestores e falou da satisfação em presenciar este momento. “Estamos muito felizes pelos 45 anos de formatura da nossa turma e por estarmos juntos para comemorar este momento. Conseguimos trazer um número de colegas muito grande e estamos muito felizes com essa turma reunida, matando as saudades e revivendo os bons tempos”, conta a professora.

 

Em seguida, a turma pôde acompanhar o lançamento de dois livros que registram um pouco do que foi a experiência do grupo de estudantes de 1973. Marcelo Montoril Filho e Jairo Lago integraram o grupo de alunos e relatam o que foram aqueles anos nas obras “Memórias do Amazonas – A saga de um excedente”, do primeiro, e “Os Excedentes – A Jornada”, de Lago. Presidindo a mesa de honra do evento, o reitor Sylvio Puga relatou a satisfação da Universidade em receber novamente seus ex-alunos e celebrar com eles os 45 anos de conclusão do curso. Em pronunciamento, o reitor aproveitou a ocasião para anunciar que na próxima semana será lançado o edital de licitação para contratar a empresa responsável pela construção da nova sede da Faculdade de Medicina da Ufam. 

 

“Esse novo prédio terá dez andares. Será moderníssimo. Terá gabinetes para todos os professores e, com certeza, quando inaugurado, no curto prazo as pessoas vão achar que talvez ele seja grande para a inauguração, mas daqui a 50 anos as pessoas o acharão pequeno para o que a Faculdade de Medicina fará”, detalhou o gestor.

 

Compondo ainda as atividades do dia, a aula da saudade, ministrada pelo professor Jorge Laerte Gennari, conduziu os presentes a uma viagem no tempo, partindo de 1968, ano da aprovação no vestibular e dos entraves que deram origem ao processo judicial que deu aos estudantes o direito de frequentar o ensino superior, mas em outro estado, no Amazonas. “Jovens vindos dos mais distantes locais de nosso Brasil foram generosamente acolhidos pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Amazonas e, como esperado tornaram-se estudantes capazes de obter o tão sonhado grau em medicina”, relembrou Gennari.

 

O docente ressaltou o entusiasmo juvenil que fez a terceira turma superar todos os obstáculos encontrados para obter o diploma de médico. Gennari estimulou os colegas a dedicarem-se aos estudos para vencerem os desafios atuais da profissão. “Ficamos, assim, emocionados ao revermos os formandos de 1973 agora ocupando cargos importantes em nossa sociedade, como mestres em universidades, administradores públicos de alta relevância na dinâmica brasileira, políticos de destaque no desenvolvimento de nossa nação, todos enchendo de orgulho a nossa Universidade Federal do Amazonas, entidade que lhes todas as condições necessárias para atingir, neste árduo caminho, objetivos tão nobres”, discursou. 

Fonte: UFAM (ufam.edu.br)

 

 

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