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Conselho Regional de Medicina

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Médicos com mais de 50 ou 60 anos de formados receberam homenagem dos seus pares, assim como os ex-presidentes do Cremam nessas seis décadas.

 20 de dezembro de 1958. Nessa data nascia o Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas (Cremam), sob a gestão do presidente interino Osvaldo Gesta e abrigado nas dependências do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV) da então Universidade do Amazonas (UA). 60 anos depois, membros fundadores, ex-presidentes e associados com mais de 50 ou 60 anos de atividades profissionais recebem uma justa homenagem durante a comemoração do Jubileu de Diamante da autarquia federal.

 

A solenidade ocorreu na sede do Conselho Regional, localizada na Avenida Senador Raimundo Parente, 6, no bairro Alvorada, onde os homenageados receberam placas alusivas ao tempo de serviço prestado à sociedade pelo exercício da Medicina no Amazonas. O presidente do Cremam, José Bernardes Sobrinho, lembra saudoso a trajetória do Regional, fundado pouco mais de um ano depois de ter sido sancionada a Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, pelo então presidente da República e também médico Juscelino Kubitschek.

 

 

“O doutor Walter Dantas Góes, em seus relatos, fala das dificuldades enfrentadas à época para a estruturação das atividades médicas”, recordou o presidente do Cremam, ao ressaltar o tom de agradecimento aos colegas contemporâneos: “Vocês são os heróis da Medicina no Amazonas. Quando eu cheguei aqui, na década de 1970, eram 300 mil habitantes; nós trabalhamos em condições precaríssimas, mas sempre com muito respeito por todos. Esta homenagem é muito singela frente à grandiosidade do trabalho desta geração de médicos”.

 

José Bernardes Sobrinho já esteve à frente do Conselho Regional por dois mandatos, entre 2006 e 2008 e entre 2013 e 2018. Em outubro passado, o cirurgião geral e vascular foi novamente conduzido ao cargo de presidente da autarquia, cujo papel precípuo é o de fiscalizar a atividade profissional e julgar os atos médicos em todo o estado. Também professor aposentado, ele fala sobre a importante tarefa de acompanhar os quase cinco mil médicos em atuação. “Na capital estamos muito bem, com uma taxa de especialistas muito próxima de países como Estados Unidos e Canadá”, informou ele.

 

O desafio consiste ainda em fixar profissionais no interior do Amazonas, especialmente em cidades para onde o deslocamento é dificultado escassez de voos, por exemplo. “É complicado, porque o nosso estado é muito grande e o principal meio de locomoção é o transporte fluvial, que é muito lento”, disse ele, ao expor estratégias que seriam capazes de viabilizar a fixação de médicos no interior, como a implementação de uma carreira de Estado para esses profissionais, assim como acontece em outras áreas. Outra proposta seria a realização de cirurgias de pequena e média complexidade em polos nas situados nas mesorregiões e acessíveis para a população local.

 

 “Uma boa saída é a possibilidade de se criar, no interior, polos de atendimento para atender e operar útero, vesícula, hérnia, catarata, por exemplo. Na capital se concentrariam os procedimentos de alta complexidade, como cirurgia cardíaca, neurocirurgia, cirurgia vascular”, elencou o cirurgião. “Quando as condições são ideais, conseguimos executar um trabalho de excelência”, completou José Bernardes Sobrinho.

 

Dedicação integral

 O ginecologista e obstetra maranhense Wallace Oliveira, com 89 anos de idade e 63 de formado, esteve em atividade até o ano passado. Presidente de honra da Academia Amazonense de Medicina e titular do CRM-AM 010, ele foi um dos homenageados da noite. “Nós fomos os primeiros médicos atuantes no Amazonas a fazer a inscrição no Conselho, logo após a criação do Cremam”, recordou ele, que se formou em 1955, na Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará. “Em Belém, eu morei na Santa Casa durante sete anos, enquanto fazia a graduação. Em 1956 eu vim para Manaus, onde construí toda a minha carreira”, conta o homenageado, que se aposentou das atividades como docente há dois anos.

O médico Wallace Oliveira com 89 anos, exerceu a profissão até 2017.

 

“Eu lecionei na Faculdade de Medicina da Ufam [Universidade Federal do Amazonas] até o dia 23 de dezembro de 2016. Lá, eu fui professor de muita gente e, para mim, ter ajudado a formar profissionais excelentes é o maior legado que eu deixo. Os meus alunos sempre foram muito atenciosos, sempre loucos por aprender e eu louco por ensinar”, comemorou o mestre, que recebeu uma justa homenagem da turma egressa da antiga UA em 1973, em evento comemorativo realizado no último dia 29 de novembro.


 

 Outra guerreira da Medicina é a polonesa Alina Sienkiewicz. Ao 93 anos e nada menos que 64 de exercício profissional, a pediatra também é formada em Teologia e faz parte da Irmandade Salesiana em Manaus.

A pediatra polonesa Alina Sienkiewicz uniu religião e medicina numa carreira de 64 anos.

“Meu sonho sempre foi ser médica para atuar em missões, então eu me formei na Polônia, passei por Roma e vim para o Brasil em 1971”, relata a homenageada, que, ao chegar no Amazonas, atuou por três anos em Santa Isabel do Rio Negro, por 24 anos em São Gabriel da Cachoeira e durante outros 12 anos em Assunção do Içana. Ao todo, foram quase 40 anos dedicados à pediatria nos lugares mais remotos do estado, antes de retornar à capital amazonense e fixar residência no Patronato Santa Terezinha, onde vive até hoje.

 

Na verdade, não faltam exemplos de dedicação e entrega de todos aqueles que compuseram o rol de agraciados nesses 60 anos de Cremam. Ao todo, foram 42 médicos a receberem o reconhecimento pelo exercício profissional realizado por um período entre 50 e 67 anos depois de formados. Além disso, foram relembrados os serviços prestados pelos ex-presidentes do Conselho Regional entre os anos de 1958 e 2018.

 A esquerda o presidente do Cremam, José Bernardes Sobrinho, ao centro o reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, e a direita o médico Wallace Ramos de Oliveira.

O reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, convidado para compor a mesa de honra da solenidade, enfatizou o papel da Instituição no sentido de sempre recompor os quadros na área. “Em mais de meio século de funcionamento do nosso curso, a Universidade Federal já formou mais de quatro mil médicos, não só para o Amazonas, mas para todo o País. Estamos muito satisfeitos de fazer parte dessa história, tendo funcionado o HUGV como a primeira sede do Cremam, ainda que provisória. Isso nos enche de orgulho”, apontou o reitor.

 

Ex-presidentes homenageados

 

Dr. Osvaldo Leal Gesta (1958) in memoriam

 

Dr. Romualdo Seixas (1958-1959) in memoriam

 

Dr. Osvaldo Leal Gesta (1959-1962) in memoriam

 

Dr. Oswaldo Said (1962-1966) in memoriam

 

Dr. Arlindo R. Smith Frota (1966-1969) in memoriam

 

Dr. Walter Dantas Correa Góes (1969-1979) in memoriam

 

Dr. Ney Bahiense de Lacerda (1979-1983)

 

Dr. Walter Dantas Correa de Góes (1983-1985) in memoriam

 

Dr. José Wilson de Souza Cavalcante (1985-1988)

 

Dr. Edson de Oliveira Andrade (1988-1993)

 

Dr. Jorge Alberto Mendonça (1993-1998)

 

Dr. Álvaro Luiz Salgado Pinto (1998-2003)

 

Dr. Júlio Rufino Torres (2003-2006) in memoriam

 

Dr. José Bernardes Sobrinho (2006-2008)

 

Dra. Auxiliadora Brito de Lima (2008-2009)

 

Dr. José de Nazaré Valmont Francesch (2009-2011)

 

Dr. Jefferson Oliveira Jezini (2011-2013)

 

Dr. José Bernardes Sobrinho (2013-2018)

 

Confira fotos do evento:

 

Mesa de abertura do evento.

 

 

 

 

 

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