Dr. José Wilson de Souza Cavalcante – Gestão: 1985-1988

Gestão que se caracterizou por promover a união dos conselhos, entidades e associações da área de saúde, visando defender os interesses comuns junto ao município, estado, governo federal e setor privado.
Realização junto com os conselhos e demais entidades médicas da 1ª conferência estadual de saúde, com a participação da sociedade civil organizada;
Participação na 8ª conferência nacional de saúde,
Realização do 1º encontro do CRM no interior do amazonas;
Criação do 1º informativo do CRM denominado “jornal do médico”;
Aquisição da 1ª sede do CRM por doação do CFM;
Implantação de registro e inscrição de empresas prestadores de serviços médico;
Implantação do registro de especialidade médica;
Gestão que também caracterizou-se pela fiscalização do exercício profissional e pelas condições de trabalho e remuneração oferecida aos médicos e demais profissionais da área de saúde;
Defesa de um plano de carreira, cargos e salários para os médicos junto as instituições públicas de saúde;
Proposta para a secretaria de saúde do estado, visando a interiorização dos médicos: plano de carreira, acesso através de concurso público; remuneração diferenciada da capital; adicional a contagem do tempo de serviço para aposentadoria e garantia de atualização de 2 em 2 anos.


  Dr. Edson de Oliveira Andrade – Gestão: 1988-1993

A nossa gestão, e aqui queremos destacar o caráter profundamente coletivo daquela administração, foi construída a partir de um desejo de mudança na forma como o Conselho deveria se relacionar com a categoria e a sociedade. Antes havíamos criado o Sindicato dos Médicos do Estado do Amazonas na busca de dispormos de um espaço profissional de defesa dos direitos médicos em uma sociedade em transição do regime ditatorial para a democracia.

Eram tempos vibrantes e de mudanças. E foi isso que inspirou o nosso grupo a propor um novo modo de caminhar para a Medicina Amazonense. Criamos uma estratégia de ação que visava ocupar o espaço social local e nacional. No âmbito local apoiamos todos os movimentos reivindicatórios por melhores condições de trabalho e remuneração. Na busca das condições de trabalho apoiamos a greve e a demissão coletiva dos médicos da SUSAM que enfrentavam péssimas condições em seus postos de trabalho. Lutamos e conseguimos, juntos com o SIMEAM que tinha como seus dirigentes os Cons. Jefferson Jezini e Luis Carlos Santana, que o governo estadual estipulasse o piso salarial médico em 10 salários mínimos.

Com a ajuda do Ministério Público Amazonense desencadeamos o primeiro esforço visando coibir a ação pública de introduzir médicos estrangeiros de modo irregular no Amazonas, e conseguimos sucesso naquele momento. Ainda em termos regionais levamos o CREMAM para o interior do Estado, com programas de educação continuada que nos aproximaram dos colegas do Interior e proporcionaram a atualização profissional tão almejada por eles. Em termos nacionais iniciamos uma ação política visando obter um destaque, com nossas propostas e posicionamentos, que tirasse o CREMAM da posição de mero espectador e caudatário das decisões do CFM, e passasse a ser um ator de no âmbito nacional. A eleição do Cons. Wilson Bulbol como conselheiro federal foi o marco inicial dessa caminhada que culminou com a eleição do Cons. Edson Andrade para Corregedor do CFM na gestão do presidente Waldir Mesquita, e posteriormente a sua eleição para dirigir o CFM no período de 1999 a 2009.

Foram tempos de lutas em defesa da construção de um sistema de saúde solidário que eliminasse a triste figura do indigente, e reconhecesse em cada cidadão, independente de sua condição social, a dignidade inerente a cada um.
Foram tempos que valeram ser vividos!


 

 Dr. Jorge Alberto Mendonça – Gestão: 1993-1998

Ao ser-nos confiado o honroso encargo de conduzir o CREMAM em 1993, descortinava- se à nossa frente uma saúde completamente caótica: o centro cirúrgico do único P.S. Infantil do Estado fechado e sem plantonistas pediatras suficientes a cobrir a escala de plantão; a única UTI do Estado existente era a do HUGV, e se achava desprovida de médicos intensivistas suficientes para cobrir a escala de plantão; o P.S. 28 de Agosto era desprovido de UTI, e de serviço de neurocirurgia o que acarretava a transferência de pacientes traumatizados com Traumatismo Craneoencefálico para o HUGV; e por aí a fora.

A postura do CREMAM, então, era essencialmente cartorial: registrar e julgar os processos ético-profissionais que nos batiam à porta. Nunca me conformei com essa postura de passividade, a assistir ao descortínio de tantas e tamanhas adversidades no ambiente de nossa profissão. Sempre tive em conta que o Conselho jamais se devia omitir, denunciando publicamente, ao revés, tudo que afetasse a prática médica, com prejuízo aos pacientes.
Recebi, de alguns conselheiros, certa resistência a isso, com alegações de que inexistia previsão legal nos dispositivos reguladores do CRM para que pudéssemos enfrentar o descaso e a desídia das autoridades políticas: entendiam eles que nos deveríamos limitar às nossas estritas e escritas atribuições institucionais. Não era o que eu entendia. Ora, a legislação poderia até não autorizar explicitamente nossa reação. Mas, por outro lado, não a proibia. E, não se tratando de matéria processual, assistia ao Presidente manifestar-se.

Nesse panorama, aproveitando a comemoração do “Dia do Médico”, publicávamos, no Jornal “A Crítica”, em 18/10/1984, matéria afirmando que nada tínhamos a comemorar, e sim externar intensa preocupação ante o fato de o então Governador, recém-eleito com expressiva votação e ainda no primeiro turno, era o mesmo que, em mandato anterior, se notabilizara como o pior Governo de toda a história para a saúde deste Estado, quando veio a demonstrar, ante o pedido de demissão de mais de 100 médicos da Secretaria de Saúde, total desprezo e desrespeito por nossa classe, afirmando publicamente: “médico e sal se consegue em qualquer lugar”.
A partir do ocorrido, embora com alguma dissidência, o Conselho deliberou, de forma inédita, que o Presidente do CRM ficava, desde logo, autorizado a manifestar-se publicamente sempre que algum ato, fato, omissão ou conduta se entremostrasse atentatório à prática médica, sem que para isso precisasse aguardar prévia anuência em reunião institucional.

Nessa luta em defesa da adequada prática médica, celebramos acordo de cooperação com o Ministério Público Estadual e, trabalhando em conjunto, avaliamos as principais unidades de saúde do Estado, colhendo bons frutos através de Termos de ajustamento de conduta e Ações Civis Públicas, ações estas que culminaram com a reabertura do centro cirúrgico e inauguração da primeira UTI no PSM. Realizamos 3 encontros de profissionais da saúde do interior (Itacoatiara, Manacapuru e Presidente Figueiredo), todos contando com maciça participação dos profissionais, da Diretoria do CFM e do Reitor da UFAM: de todos eles, sobressaiu, como deliberação de maior destaque, a de que o Governo do Estado devia elaborar um Programa para Fixar os Profissionais de Saúde no Interior. Lamentavelmente, porém, por omissão política, isso nunca ocorreu. Em lugar disso, em verdadeiro “tapa-buracos”, o “MAIS MÉDICOS, 25 anos depois. E nenhum dos diretores daquela nossa gestão vieram a se candidatar para a gestão seguinte.

E apesar de toda essa luta, com tanto ainda por fazer, senti, ao término do mandato, o gosto amargo de que havia feito menos do que gostaria.
Jorge Alberto Mendonça
Manaus 03/11/18

“A medicina bem exercida é uma arte. A boa prática exige do profissional, não apenas a precisão técnica. Na verdade, o bom médico vai além, ao dispensar a seus pacientes doses de respeito e sentimento humano. Não é que precise carrear a si a dor alheia. Se ignorá-la, porém, não passará de um técnico….”


 

 Dr. Alváro Luiz Salgado Pinto – Gestão: 1998-2003

Presidi o Conselho Regional de Medicina do Amazonas de 1998 a 2003 junto a valorosos colegas. À época, a sede funcionava no Edifício Manaus Shopping Center, localizado na Av. Eduardo Ribeiro, e por esta razão minha posse e dos demais Conselheiros ocorreu na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, ocasião em que a diretoria do Dr. Jorge Mendonça, presidente que me antecedeu, prestou homenagem aos colegas médicos amazonenses que completavam 50 anos de formados, outorgando a cada um deles a medalha Dr. Luiz Montenegro.

Ao assumir a Presidência e contando com a ajuda do Conselheiro Federal à época, Dr. Edson de Oliveira Andrade, conseguimos junto ao Conselho Federal de Medicina apresentar projeto e aprovar recursos para a construção da nova sede, a qual permanece confortavelmente servindo às diretorias subsequentes, funcionários e aos médicos deste Estado. Após esta aprovação do CFM, identificamos que havia uma área do Município de Manaus em frente ao terreno da sede, disponível para fins sociais, e conseguimos junto à Câmara Municipal de Manaus e Prefeitura, autorização para uso e conservação desta área para ser uma praça, a qual denominamos Praça Dr. Walter Góes, prestando-lhe esta homenagem pelos relevantes serviços prestados, por longos anos, no início da instalação do CRM no Estado do Amazonas.

Houve, ainda, a implantação do sistema de informática para acompanhamento de processos, facilitando o controle dos Conselheiros e funcionários atuantes neste setor. Realizamos uma campanha entre os colegas médicos para a aquisição de cadeiras para o auditório da sede, a qual foi um sucesso e a quantidade necessária foi logo adquirida com a ajuda de inúmeros médicos.

Assim, vivenciei no CRM-Am, junto aos grandes colegas que se dedicaram à mesma gestão, uma valorosa época pessoal e profissional, buscando realizar um trabalho profícuo e responsável visando o bem e as melhorias nas condições de trabalho de toda a classe médica deste Estado, dentro dos limites impostos, também por ter conhecido Conselheiros de grande competência e capacidade em todo o país e atuado junto a funcionários deste CRM-AM, os quais presto minhas sinceras homenagens e minha gratidão.


 

 Dra. Auxiliadora Brito de Lima – Gestão: 2008-2009

 

Realizamos diversas reuniões com cooperativas e empresas médicas em um momento que toda urgência e emergência do Estado foi terceirizada. Em uma destas assembleias um presidente de cooperativa foi preso injustamente. Foi oferecido todo apoio jurídico pra sua imediata soltura.

Enfrentamos dificuldades em realizar fiscalização nas cidades do interior, visto a extensão continental do estado. Levamos aos órgãos competentes a necessidade urgente de uma Carreira Médica de Estado pra levar médicos à essas cidades carentes de assistência médica. Criticamos frontalmente o programa Mais Médicos aos moldes da época.

Intermediamos negociações com a Secretaria Estadual e Municipal de Saúde , tanto na implementação do Plano de Cargos quanto aos valores dos plantões. Realizamos diversas vistorias em grandes hospitais ; ocasião que relatórios com as condições de trabalho e infraestrutura eram enviados aos Ministérios Públicos e solicitado providências das secretarias de saúde. Ações conjuntas com a Polícia Federal, Ministério Público e Secretárias visando coibir atividades ilegais, como exercício ilegal da medicina por estrangeiros, charlatanismo além da falsificação de atestados, receitas e carimbos.


  Dr. José de Nazaré Valmont Francesch – Gestão: 2009-2011

Durante o período em que fiquei como presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas (02/05/2009 a 30/03/2011), procuramos buscar a melhor solução para as questões do nosso Regional.

Um dos pontos que podemos ressaltar é a luta pela boa Medicina, enfatizando a fiscalização médica, não só na cidade, como também no interior do Amazonas.
Com efeito, realizamos atividades relacionadas à educação médica continuada, pois acreditamos que a atualização do profissional deve ser constante.

Assim sendo, os 60 anos do nosso Conselho é de suma importância, pois é o Órgão indispensável para a prática da Medicina! Vida longa ao CREMAM!”


 

  Dr. Jefferson Oliveira Jezzini – Gestão: 2011-2013

A gestão “UM NOVO CAMINHO É POSSÍVEL”, dirigiu o CREMAM no período de 10/2008 a 10/2013. Escolhido pelos meus pares, liderei a diretoria na segunda metade do mandato. Destacamos o nosso empenho e esforço na profissionalização do processo administrativo em todos os setores da autarquia. Fomos exitosos ganhando dinâmica e fluidez no nosso expediente.

O Depto. de Fiscalização se fez presente em 32 (trinta e dois) municípios amazonenses, muitos recebendo até mais de uma visita. Cuidamos de registrar em mais de OITO MIL FOTOGRAFIAS, as precárias condições a que era relegado o trabalho do médico na capital e interior. Desnudar esta mazela foi um trabalho hercúleo. Este rico acervo encontra-se arquivado e a disposição no CREMAM.

Protagonizamos a mais dura oposição em nível nacional, ao programa “MAIS MÉDICOS”, pela inobservância dos preceitos éticos, legais e ausência do PROGRAMA REVALIDA a que os profissionais deveriam ter se submetidos. Trouxemos à baila os riscos da sociedade submetida a atendimento por profissionais de duvidosa formação. Argumentamos ainda, que haviam médicos lotados em todos os municípios, alguns até sem o REVALIDA. Entretanto, todos eles, inclusive na nossa capital, enfrentavam condições inóspitas e adversas de trabalho, e até de assédio moral pelos governantes, em muitos casos. Incansável, toda a diretoria de um CREMAM cidadão, denunciou nos órgãos competentes este equivoco e até liderou passeatas nas ruas. Notícias atuais estarrecedoras, dão conta que estávamos certos em nosso posicionamento.

Pugnamos que a reversão daquele quadro, com melhores condições de trabalho, plano de carreira, cargos e salários, seria condição “sine qua non” para fixação dos profissionais nos nossos municípios mais longínquos e carentes.


 

* As opiniões, comentários e abordagens incluidas nos artigos publicados nesta seção são de inteira responsabilidade de seus autores. 

 

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