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“O que é necessário para o atendimento na fronteira (perfil de habilidades e competências do médico e quais equipamentos mínimos para unidades primárias e secundárias em uma área de fronteiras” foi o tema do último painel do V Fórum de Fronteira do CFM, promovido pelo CFM no dia 17 de junho, em Boa Vista.

“Precisamos de um médico com formação geral, crítico, humanista, ético e com capacidade para atender diversos níveis de atenção”, disse a painelista durante a leitura das Diretrizes Curriculares do Curso de Medicina.

Com vasta experiência na região amazônica, Dra. Heliana explicou que a fronteira é algo vivo, com influências mútuas e várias intersecções. “Por isso, cada região de fronteira é diferente da outra e a intervenção do poder público deve ser customizada”, explicou.

No Amazonas, as dificuldades logísticas são imensas “dos 62 municípios do estado, em apenas cinco é possível fazer o balizamento para pousos noturnos” e em muitos locais, o único hospital existente é flutuante.

“No período de enchente como atualmente, há um município que precisa ter um hospital flutuante (Anamã). O rio comanda a saúde”.

Diante dessa realidade, reiterou a necessidade de equipamentos portáteis para viabilizar o telediagnóstico, que integra a Telemedicina e que só é viabilizada se houver energia elétrica e internet nas áreas “A telesaúde é hoje uma luz no fim do túnel para a saúde indígena”, argumentou.

 

 

O conselheiro federal pelo Amazonas Ademar Carlos Augusto, moderador do painel, confirmou as informações dadas por Heliana. “Além das dificuldades logísticas, temos barreiras linguísticas e culturais”, ressaltou. Opinião que foi corroborada pelo secretário do painel e conselheiro federal pelo Amapá, Eduardo Monteiro de Jesus, que contou o dilema enfrentado por sua equipe médica para decidir se amputava, ou não, a perna de um paciente índio, já que o pajé na tribo não autorizava a amputação, mas que provavelmente morreria, se a perna não fosse amputada. “Amputamos, mas a tribo não queria recebê-lo”, contou Eduardo Monteiro.

Para acessar a apresentação, acesse aqui.

 

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